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O faturamento da indústria recuou 0,3% em agosto deste ano, na comparação com julho, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entretanto, no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o indicador mostrou forte expansão de 11,5%, novo recorde da série histórica que começa em 2005. Também é a primeira vez, para este período, que a expansão do faturamento fica acima de 10%.
"Mesmo com a queda em agosto, o faturamento continua sendo a variável que mostra o maior crescimento na comparação com o período pré-crise: 4,1% superior ao nível de setembro de 2008", informou a entidade. Uma vez que a queda do faturamento não foi acompanhada pelo recuo do emprego e das horas trabalhadas na produção, a CNI avaliou que o mês de agosto foi marcado por "sinais ambíguos" quanto à trajetória da indústria.
Emprego industrial
De acordo com a CNI, o emprego industrial continou crescendo no mês de agosto, quando avançou 0,8% frente ao mês anterior. Esse é o 13º mês consecutivo de expansão deste indicador. A entidade observou que o número de vagas fechadas com a crise financeira internacional, que atingiu o país no fim de 2009 e primeiro semestre de 2009, já foi restabelecido, uma vez que o nível de emprego de agosto ficou 1,7% maior do que o registrado no período pré-crise. No acumulado deste ano, a elevação foi de 5,1%, o maior valor desde 2005.
Produção
Já as horas trabalhadas, indicador relacionado com o nível de produção da indústria, também registraram crescimento em agosto, quando houve uma expansão de 0,5% contra julho deste ano. "Com esse patamar, o indicador se aproxima do nível pré-crise, ficando 1,7% inferior ao patamar de setembro de 2008", informou a CNI. De janeiro a agosto de 2010, o indicador acumula uma expansão de 8,1% - também novo recorde histórico.
Uso do parque fabril
O nível de uso do parque da indústria (conhecida como utilização da capacidade instalada) somou 82,3% em agosto deste ano, informou a CNI, com queda de 0,2 ponto percentual frente a julho deste ano (82,5%). Esse é o quarto mês seguido de queda deste indicador, que ficou 0,9 ponto percentual abaixo do patamar pré-crise, informou a entidade. Esse indicador é acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, uma vez que seu crescimento contínuo pode indicar pressões inflacionárias.